Gilbert & George... excêntrico

Gilbert nasceu na Itália em 1943. Estudou na Wolkenstein School of Art e Hallein School of Art (Austria) e a Akademie der Kunst (Munique). George nasceu em 1942 na Inglaterra. Se graduou na Dartington Hall College of Art e Oxford School of Art. Gilbert e George se conheceram em 1967, Londres. Ambos estudavam na St. Martin’s School of Art. Foram morar juntos e iniciam seu trabalho em 1968. O trabalho juntos não foi algo premeditado: revoltados com o elitismo da arte, sua casa recebeu o nome de “Arte para Todos” e se declararam esculturas vivas e passaram a performar dois anos depois.

Nessa performance, eles trabalham com o conceito de que para fazer arte não se precisa de objeto, somente de você mesmo como objeto e você é mais complexo que qualquer escultura poderia ser. Na “Singing Sculpture”, ambos estão pintados com textura metalizada (em seus ternos) sob um banco e cantando, durante oito horas, junto com o hit nostálgico "Underneath the Arches" da dupla Flanagan and Allen. Essa obra trouce vários desdobramentos em que qualquer ação poderia ser feita por essas esculturas e virar performance, inclusive na “Drinking Esculpiture” que surgiu após um encontro com colegas artistas que produziam pinturas enquanto estavam bêbados. Logo, os dois pensaram em fazer o mesmo.





A performance “Bend-it” é uma performance mais atual que começa com o seguinte diálogo: “aqui estamos, 25 anos depois, com nossa música predileta para dançar, Bend-it. Se você quiser se juntar a nós, fique aqui”. E dançam até a música acabar. É uma forma de reinventar suas influências na pop-art e utilizar a imagem de dois artistas engajados em nas mais polêmicas discussões da humanidade fazendo um ato tão banal.





Apesar de não terem um trabalho extenso com a performance, ao vermos os vídeos de suas entrevistas, percebemos que Gilbert e George transformaram sua vida juntos em uma performance onde todo o processo é uma obra, inclusive eles mesmos. Eles sempre estão vestidos de terno – às vezes Gilbert está usando a mesma cor do terno de George em sua gravata e vice versa - e é comum completarem a frase um do outro. Todo o material que usam para as assemblagens e colagens são catalogados em caixas e a disposição das obras para cada exposição é feita em maquetes.
Seja na performance ou em fotomontagem, os artistas exploram motivos da existência humana como sexualidade, religião, raça, morte, etc. Esse caráter de contracultura é controverso pela estética pop de suas obras e isso é claro pela imagem irreverente e provocativa dos dois.
Podemos resumir a essência da obra com suas próprias palavras retiradas dos “dez mandamentos de Gilbert e George”:
Thou shalt fight conformism
Thou shalt be the messenger of freedoms
Thou shalt make use of sex
Thou shalt reinvent life
Thou shalt create artificial art
Thou shalt have a sense of purpose
Thou shalt not know exactly what thou dost, but thou shalt do it
Thou shalt give thy love
Thou shalt grab the soul
Thou shalt give something back
Para conhecer melhor o trabalho de fotomontagem feita pelos dois, recomendo esse vídeo feito pelo vernissage.tv


THX 1138

THX foi escrito e dirigido por George Lucas em 1971 tendo como base um curta de 1967. O que mais me impressionou foi a estética que continua super atual.
O filme se passa em um futuro que os habitantes são manipulados com drogas para manter o sistema funcionando. Tudo se desenvolve quando um casal pára de tomar as pílulas e voltam a se "humanizar".
As ações são lentas, mas com forte terror psicológico. É interessante que esse timing nos deixa refletir mais sobre o conteúdo e ainda contemplar o ótimo trabalho de fotografia.
THX 1138 foi a primeira produção da então recém criada American Zoetrope. Baseado no curta metragem Electronic Labyrinth: THX 1138 4EB realizado por Lucas em 1967, quando cursava cinema na USC (University of Southern California), o filme foi uma parceria entre o estúdio Warner Bros. e a American Zoetrope, aempresa de Francis Ford Coppola ambicionava produzir filmes que fossem uma alternativa ao modelo que vigorava em Hollywood e, por isso, o produtor Coppola deu a Lucas total liberdade criativa. A montagem foi realizada pelo próprio diretor. A produção de som foi feita por Walter Murch que também assinou o roteiro junto a Lucas. Sua trilha sonora foi composta por Lalo Schifrin. Os efeitos sonoros deste filme são considerados um marco na história do cinema e o sistema THX, desenvolvido anos depois pela Lucasfilm para a série Star Wars deve seu nome a THX 1138.
Eis o curta que deu origem a tudo:





Yellow Blaze, tattoo de japonês

Cara, fazer cover-up em uma tattoo não é fácil, mas saca só o trampo desses japas de Yokahoma! Não dá para fazer milagre, mas que resolve o problema da melhor maneira possível, isso resolve.






Yellow Blaze Tattoo

Cowboy Henk

Já que não estou pronta para pagar U$45 + Frete para ter Cowboy Henk em mãos, me contento com os scans do 4chan.










Alexandre Nás, intérprete-criador de dança contemporânea

Terminei de editar as fotos que tirei do dançarino Alexandre Nás. Foi a primeira vez que eu fotografei um espetáculo de dança e, sinceramente, não fiquei muito satisfeita com o meu trabalho. Tudo bem que a minha Fuji S9600 não é o equipamento mais adequado porque ela não tem estabilizador de imagem, lentes claras (a maioria das fotos foram tiradas com f/4) ou o processamento como uma reflex. Mas, acho que o que me faltou mesmo foi a experiência.
Tentei usar tripé e foi um  caos. Tirar as fotos sem tripé é muito mais confortável e ajuda muito à pegar o momento certo, mas quando não se tem um equipamento muito top ou pouca força, ele pode ser um acessório interessante para carregar na mochila. Já usei tripé no teatro e foi ótimo. Na dança, ele atrapalhou muito mais do que ajudou, porque tudo era muito rápido e dinâmico e não dava tempo para ajustar o tripé. Isso me custou algumas fotos bem tortas.
Como sabia que se eu usa-se um iso maior que 800 a granulação iria ser absurda, não quis puxar mais. No final, consegui UMA foto completamente estática quando ele estava em movimento brusco.
Vejam algumas fotos que selecionei:









TOP 100 imagens do universo

Eu queria ser astronauta, mas percebi que me expor a tal imensidão seria demais para minha pobre consciência humana... entretanto, o universo continua a me arrebatar.
Eis que encontrei o site do ESO com imagens que chegam a 145MB! (em formato .tif) Me dá vontade de chorar de felicidade.
Isso me faz lembrar de uma curiosidade: nós exploramos mais o universo do que o fundo do oceano. É uma questão de pressão, eu acho. Mas esse fato pode dar uma boa filosofada, não?
Selecionei algumas imagens com descrição interessantes para mostrar um pouco do material disponível no site. Na esquerda, coloquei a foto inteira e na direita, um detalhe "full size":

Composição da galáxia Centaurus A (jan, 2009). Revela jatos que emanam do buraco negro ativo dentro da galáxia. A foto foi composta por imagens capturadas por 3 instrumentos diferentes somando os tons alaranjados, azuis (por raio-x) e brancos.

Foto do Helix Nebula com uma máquina especial para fotografia astronômica em um telescópio. Os azuis do centro são átomos de oxigênio que brilham com o efeito da radiação ultravioleta de 120.000 C°. Os tons alaranjados são hidrogênio e nitrogênio. É possível observar entre os gases do centro, galáxias remotas. A imagem foi colorida com filtro azul, verde e vermelho com exposição de 12, 9 e 7 minutos respectivamente.

Exposição de 45 minutos no maior telescópio do ESO. Foi tirada em uma escura e limpa noite de observação astronômica. As estrelas deixam seu rastro no céu do Pólo Sul.

LUUUUZ DA LUA ME TRÁS AMOOOOR tanran tan tan taran!